As férias de final de ano, para muitas famílias, são sinônimo de descanso e celebração. No entanto, para os pais de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), esse período pode se tornar um grande desafio. Com a pausa das terapias e o fechamento das escolas, a rotina estruturada, tão essencial para o desenvolvimento de crianças autistas, é interrompida, deixando pais e cuidadores sem saber como agir.
As terapias são indispensáveis para o progresso das crianças com TEA. Intervenções como fonoaudiologia, terapia ocupacional e terapia ABA ajudam a trabalhar habilidades sociais, cognitivas e de comunicação. Quando essas atividades são suspensas, os avanços conquistados ao longo do ano podem ser impactados, gerando regressões comportamentais e aumento de crises. “Sem a continuidade das terapias, vemos comportamentos desafiadores voltarem a surgir!”.
Além disso, os pais enfrentam o dilema de conciliar suas responsabilidades profissionais com o cuidado integral de seus filhos durante as férias. Muitas vezes, a falta de atividades adequadas para entreter as crianças em casa intensifica o estresse familiar. “Não é fácil manter uma rotina estruturada quando tudo está fechado e os recursos são limitados”.
Para minimizar os impactos das férias, especialistas sugerem algumas estratégias. Planejar atividades em casa, como jogos sensoriais, horários para leitura ou brincadeiras específicas, pode ajudar a manter alguma previsibilidade no dia a dia. Outra opção é buscar espaços e grupos que promovam atividades para crianças com TEA durante o período de recesso.
Conclusão:
As férias de final de ano representam um desafio único para famílias de crianças com autismo, destacando a necessidade de suporte contínuo, mesmo em períodos de pausa. Promover alternativas e soluções viáveis para esses pais é fundamental para garantir o bem-estar das crianças e o equilíbrio familiar, evitando que o desenvolvimento conquistado ao longo do ano seja prejudicado.
Gi Ferro – Viver Autismo
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