Autismo Feminino: Por que o Diagnóstico de Autismo é Ainda Baixo em Meninas?

O autismo em meninas e mulheres é uma área que ainda enfrenta desafios significativos no diagnóstico. Embora o Transtorno do Espectro Autista (TEA) afete ambos os sexos, pesquisas mostram que o diagnóstico de autismo é significativamente mais comum em meninos do que em meninas. Essa discrepância gera preocupações, pois um diagnóstico tardio ou inexistente pode impedir que meninas com TEA recebam o suporte e as intervenções necessárias.

Especialistas apontam que a subnotificação do autismo em meninas está relacionada a diversos fatores. Um dos principais é que os critérios de diagnóstico tradicionalmente utilizados foram desenvolvidos com base em estudos realizados majoritariamente em meninos, o que limita a compreensão das manifestações do TEA em meninas. Estudos sugerem que muitas meninas autistas têm uma capacidade maior de “camuflar” os sinais do autismo, adaptando comportamentos para se ajustarem socialmente, o que mascara os sintomas.

Além disso, o comportamento social das meninas com TEA tende a se diferenciar dos meninos. Elas, por exemplo, têm maior facilidade em formar laços afetivos, ainda que superficiais, o que pode levar os sinais de autismo a passarem despercebidos. O diagnóstico tardio também é impulsionado pela falta de capacitação dos profissionais de saúde e educação, que muitas vezes não estão preparados para identificar os sintomas do autismo feminino.

Compreender e abordar essas diferenças é essencial para promover um diagnóstico mais inclusivo e preciso. Especialistas defendem a criação de critérios específicos para o autismo em meninas, para que elas possam receber apoio adequado desde cedo, garantindo um desenvolvimento mais saudável e integrado.

Conclusão: O diagnóstico de autismo em meninas é um desafio que demanda maior conscientização e adaptações nos critérios de avaliação. Com um olhar mais sensível às particularidades do TEA no sexo feminino, será possível reduzir a subnotificação, promovendo mais igualdade e acesso a tratamentos adequados.

Gi Ferro – Viver Autismo
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