As redes sociais têm desempenhado um papel crucial na disseminação de informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Plataformas como Instagram, Facebook, TikTok e YouTube tornaram-se espaços onde pais, especialistas e pessoas autistas compartilham experiências, dicas e conhecimento, promovendo a conscientização e desmistificando preconceitos. No entanto, a facilidade de acesso à informação também abre espaço para a propagação de desinformação, criando um ambiente complexo e, por vezes, perigoso.
Campanhas e influenciadores têm contribuído para ampliar a visibilidade do autismo. Iniciativas como o Abril Azul, que promove a conscientização sobre o TEA, utilizam as redes sociais para alcançar milhões de pessoas, ajudando a derrubar estigmas e a estimular diagnósticos precoces. Relatos reais e conteúdos educativos, muitas vezes criados por pessoas autistas, têm sido ferramentas valiosas para que a sociedade compreenda as nuances dessa condição.
Por outro lado, a ausência de regulamentação efetiva e a disseminação de informações não verificadas nas redes sociais podem causar danos significativos. Mitos sobre curas milagrosas ou teorias falsas sobre as causas do autismo frequentemente ganham visibilidade, enganando famílias e promovendo práticas prejudiciais. Além disso, a superficialidade de alguns conteúdos pode reforçar estereótipos, reduzindo a complexidade do TEA a características genéricas e inadequadas.
Para lidar com esse cenário, é essencial que os usuários adotem uma postura crítica em relação ao conteúdo consumido. Especialistas recomendam buscar informações em fontes confiáveis, como organizações de saúde, institutos de pesquisa e profissionais qualificados. Também é fundamental que as plataformas digitais assumam maior responsabilidade na checagem e no controle de conteúdos enganosos relacionados ao autismo.
Conclusão:
As redes sociais têm um papel duplo no contexto do autismo: enquanto promovem conscientização e inclusão, também disseminam desinformação. Cabe à sociedade e às plataformas digitais trabalhar juntas para potencializar os benefícios e minimizar os riscos, garantindo que o autismo seja tratado com respeito e responsabilidade.
Gi Ferro – Viver Autismo
Combatendo o Preconceito com Informação!